segunda-feira, 19 de maio de 2008

Economia

O comércio exterior se baseia na exportação de petróleo, cujo valor supera largamente o da importação de insumos e alimentos. Disso decorre um excessivo superávit da balança de pagamentos. O descompasso entre o progresso tecnológico e a modernização econômica, de um lado, e a sociedade tradicional, dominada pela ortodoxia religiosa, de outro, é um dos principais problemas que a Arábia Saudita enfrentou desde que se tornou uma rica nação petrolífera. Agricultura e pecuária. Devido ao clima desértico, a superfície cultivável não ultrapassa 2,5% do total do território saudita. Mesmo assim, o uso intensivo de maquinaria agrícola, fertilizantes e sistemas de irrigação canaliza para a agricultura a maior parte da população economicamente ativa. Os lucros obtidos com o petróleo permitiram a instalação de estações agrícolas experimentais, onde são testados os mais modernos métodos de cultivo.
As principais regiões agrícolas são Tihama, Hasa e os oásis. O principal produto agrícola de exportação é a tâmara, consumida como alimento básico em muitos países árabes. A madeira e folhas da tamareira são usadas na construção de cabanas. As culturas mais importantes, além da tâmara, são de milhe-te, algodão, milho, tabaco e café e, nos oásis, melões, figos e bananas.
Cerca de sessenta por cento da área total do país é usada por beduínos nômades como pastagens de ovelhas, camelos e cabras. O governo instituiu cooperativas para facilitar a comercialização dos produtos agropecuários. Os rebanhos de camelos fornecem carne, leite, couro para roupas e tendas, transporte para os beduínos e seus alimentos e para a água retirada de poços. A carne de carneiro é o principal alimento de origem animal e o leite de cabra, o mais utilizado. Cria-se gado bovino em Asir e nas proximidades de Djeda.
Mineração e petróleo. No subsolo da Arábia Saudita existem depósitos de ferro, prata e cobre, mas a atividade preponderante, que condiciona toda a economia, é a exploração das jazidas petrolíferas. Na década de 1980, o país chegou a terceiro produtor mundial e primeiro exportador. As primeiras jazidas foram encontradas em 1938, e desde então a exploração e comercialização do óleo se fez mediante concessões a empresas americanas, que se associaram na Arabian American Oil Company (Aramco). Durante alguns anos a economia saudita esteve subordinada àquela associação, mas o governo reduziu progressivamente a dependência exclusiva, outorgando concessões a empresas japonesas e européias.
O próprio estado saudita passou a financiar prospecções e, no final do século XX, controlava sessenta por cento da Aramco. A partir da década de 1960, o governo saudita promoveu o desenvolvimento da indústria petrolífera, com aproveitamento da tecnologia das empresas multinacionais. Indústria e transportes. Os setores industriais mais importantes são os de transformação do petróleo (refino, petroquímicos e fertilizantes). Há também fábricas de cimento, gesso e produtos metalúrgicos que alimentam a construção civil e obras públicas.
Voltadas exclusivamente para o mercado interno, há indústrias de tecidos, móveis e produtos de couro. O transporte rodoviário desenvolveu-se bastante a partir da década de 1960 e prosseguiu em expansão. As linhas ferroviárias mais importantes ligam Medina a Damasco, na Síria, e Riyad ao porto de Damman, no golfo Pérsico. O transporte marítimo é a principal via de comércio com o resto do mundo e cresceu muito em função da exportação do petróleo. Existem cinco portos principais -- Djeda, Damman, Yanbu, Jubail e Jizan -- e 16 portos secundários. Há três aeroportos internacionais.

População

A maioria da população da Arábia Saudita é árabe, mas há minorias indianas, iranianas e negras. Grande número de imigrantes estrangeiros, procedentes do Iêmen, dos países do golfo Pérsico, do Egito, da Coréia do Sul, da Europa e dos Estados Unidos, trabalha nas refinarias de petróleo. Cerca de 15% da população é formada por beduínos nômades ou seminômades, mas essa proporção tende a diminuir em função do desenvolvimento agrícola e do surgimento de novas atividades ligadas à indústria do petróleo. Há cidades antigas, como Djeda, Medina e Meca, capital espiritual do islamismo. Riyad, a capital política, é moderna, embora conserve traços antigos. A língua oficial é o árabe, e a religião, o islamismo, sendo proibida a entrada de não-muçulmanos nas cidades sagradas de Meca e Medina. A afluência anual de peregrinos é de 100.000 a 500.000, o que faz do turismo a segunda fonte de renda do país.

História

As origens do estado saudita remontam ao século XVIII, quando a península arábica se encontrava fragmentada em pequenos reinos e emirados dominados pelos otomanos. No final do século surgiu o movimento reformador wahabita, cujos partidários defendiam a ortodoxia religiosa e a união política da Arábia. Os wahabitas, liderados por Mohamed ibn Saud, conquistaram o poder em Najd e logo em Hedjaz e Hasa. A expansão foi detida em 1814 por ação militar do vice-rei do Egito, que agia em nome do sultão otomano. No século XX, um descendente de Saud, Abd al-Aziz ibn Saud, reconquistou os antigos domínios de Najd, Hasa, Meca e Hedjaz e proclamou-se rei. Estabeleceu um governo patriarcal e teocrático, organizou as tribos beduínos e modernizou o exército. Para governar a turbulenta região de Hedjaz designou seu filho, Faiçal.

Geografia da Arábia Saudita

O reino da Arábia Saudita ocupa 80% da Península Arábica. A maior parte das fronteiras do país com os Emiratos Árabes Unidos, Omã e Iémen não estão definidas, e consequentemente o tamanho exacto do país não está também definido. O governo saudita estima-o em 2 217 949 quilómetros quadrados. Outras estimativas fidedignas variam entre 2 149 690 é 2 240 000 quilómetros quadrados. Menos de um por cento da área total é adequada ao cultivo, e no início dos anos 90 a distribuição da população variava grandemente entre as cidades das áreas costeiras leste e oeste, os oásis do interior, densamente povoados e os vastos desertos, quase vazios.
O clima é duro, de deserto seco com grandes extremos na temperatura, e o território é principalmente deserto arenoso desabitado. Considera-se que a Arábia Saudita é um dos 15 estados que compreendem o chamado "berço da humanidade".
Na maior parte do país, a vegetação limita-se a ervas e arbustos. Animais selvagens, como o órix, têm sido exterminados por empresas de caça sauditas que recorrem ao uso de metralhadoras. A área costeira do mar Vermrlho, e em especial os recifes de coral, tem uma fauna marítima rica.

segunda-feira, 12 de maio de 2008


Localização Geografica

Brasão da Arabia Saudita

Bandeira